A empresa de Poços de Caldas, Lotti Contrutora e Incorporadora Eireli, suspeita de aplicar um golpe milionário na cidade, se pronunciou sobre as acusações.
Em nota, a empresa diz que “assim como maioria das empresas do setor imobiliário, sofreu com o quadro econômico de 2019 e, principalmente, com a pandemia, deflagrada em março de 2020. Diversos compradores deixaram de pagar e a empresa, por força do Decreto Covid, ficou paralisado por alguns meses. A insolvência de compradores gerou dificuldades na gestão das obras, sendo que algumas delas foram momentaneamente paralisadas.
Diante desse quadro, a empresa informou que diversos contratos foram renegociados e as obras estão sendo retomadas. Em alguns casos existem ações na justiça, onde serão analisadas e julgadas. Importante ressaltar que a empresa possui capital suficiente, como verificado em ação judicial inclusive, para honrar todos compromissos.”
Entenda o caso
Dezenove pessoas procuraram a Polícia Militar alegando terem sido vítimas de um golpe em Poços de Caldas e sofreram prejuízo total de R$ 2.284.928,00.
Segundo a PM, compareceram ao posto policial 19 vítimas, sendo cinco mulheres e 14 homens, com idades entre 21 e 75 anos, as quais relataram que entre 2017 e 2020, adquiriram imóveis da empresa do suspeito, um homem, 61 anos.
Tais imóveis, segundo a descrição do autor, estariam localizados em diversos bairros de Poços de Caldas/MG, negociados como construções de apartamentos na planta, com os valores de R$ 70 mil a R$ 385 mil, que foram pagos integralmente pelas vítimas ao autor.
Ainda de acordo com a PM, a filha do autor, de 37 anos, era quem fazia os contratos de compra e venda dos imóveis. Uma das vítimas, engenheiro civil, se tornou responsável técnico de execução de quase todos os projetos do autor, trocou seus serviços, no valor de R$ 130.000,00, por um apartamento na planta e recentemente descobriu que o lote não era do autor.
Uma das vítimas permutou uma casa que possuía para comprar o projeto e hoje mora de aluguel. O autor vendeu o imóvel permutado e ficou com o dinheiro. Outras duas vítimas forneceram materiais de construção em troca de um projeto na planta de um apartamento cada. Houve ainda o relato de duas vítimas que permutaram terrenos com o autor, em troca do projeto na planta de um apartamento cada.
Os valores foram pagos e posteriormente as vítimas tomaram conhecimento que os terrenos não pertenciam ao autor ou à construtora e nunca houve a efetivação da construção dos apartamentos.
Foi registrado boletim de ocorrência policial e as vítimas orientadas. A Polícia Civil acompanho caso.
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