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Em Minas, 2,4 milhões de pessoas não voltaram para receber a segunda dose de vacina contra a covid-19

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Em Minas Gerais, 2.393.003 pessoas – com 12 anos ou mais – não retornaram à unidade de saúde para receber a segunda dose (D2) da vacina contra covid-19 e não estão com o esquema vacinal completo. Desse total, a maior parte, quase 604 mil indivíduos, tem idade entre 12 e 19 anos. Ainda por faixa etária, o segundo grupo mais numeroso, com pouco menos de 600 mil pessoas, possui entre 20 e 29 anos. Os dados são do Boletim Informativo “Vacinação Contra Covid: Análise de D2 não Registradas”, lançado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) nesta sexta-feira (11/2).

A aplicação da D2 é considerada em atraso quando ultrapassa o prazo recomendado para administração do imunizante e não há registro no sistema de informações de a pessoa ter recebido a segunda dose.

Cabe ao município registrar no sistema oficial OpenDataSus, do Ministério da Saúde, as doses administradas em seu território. Por esse critério, o Boletim Informativo da SES-MG ainda não contempla a vacinação de crianças com idade entre 5 e 11 anos, iniciada em Minas Gerais no dia 14/1, pois o intervalo previsto para a D2 desse grupo é de 28 dias (quatro semanas) e o documento reúne dados informados pelas prefeituras mineiras ao OpenDataSus até o dia 7/2 deste ano.

Além da faixa etária, o painel organiza as informações por sexo, raça/cor, município, macrorregião e tipo de imunizante – Coronavac, Pfizer e Astrazeneca, os três imunobiológicos que precisam de duas doses para completarem o esquema vacinal.

O boletim pode ser acessado por meio deste link.

Divulgação

O secretário de Estado de Saúde, médico Fábio Baccheretti, alerta que a administração da segunda dose da vacina é fundamental para a redução de casos graves e mortes por covid-19. Ele ressalta ainda que a divulgação do boletim pela SES-MG tem o objetivo estimular a população a completar o esquema vacinal.

“Esse é um dado importante: mais de 2 milhões de pessoas não tomaram duas doses. A gente vê cada vez mais internações e óbitos daqueles que não se vacinaram com duas doses. Vale destaque para a importância da vacinação, para que a gente consiga vencer de vez a pandemia e virar esta página. A vacina está disponível em cada município do estado”, aponta o secretário.

Para a coordenadora estadual do Programa de Imunizações, Josianne Dias Gusmão, um dos motivos que pode explicar o grande contingente de pessoas com a D2 em atraso seria a falta de informações sobre a data certa para a segunda dose.

Desde o início da campanha de vacinação contra a covid-19, houve redução do prazo incialmente previsto entre as doses (dose 1 – D1, e dose 2 – D2) de alguns imunizantes para a população com idade acima de 12 anos, a saber:

– Pfizer: passou de 12 semanas para 21 dias entre a primeira e a segunda dose;

– AstraZeneca: passou de 12 semanas para oito semanas entre a primeira e a segunda dose;

– CoronaVac, o prazo é de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose.

“É importante que quem já recebeu a primeira dose verifique o cartão de vacina, procure a unidade de saúde mais próxima e complete o esquema vacinal”, informa Josianne.

Segundo a coordenadora, os dados de eficácia das vacinas contra a covid-19, conhecidos e comprovados, se referem aos esquemas completos, em especial no que se refere à proteção contra novas variantes. “Por isso, é necessário receber doses conforme recomendação de cada laboratório. Para garantir a eficácia, as vacinas devem ser aplicadas de acordo com os intervalos recomendados para cada uma. No entanto, em caso de atraso, não é preciso recomeçar o esquema, basta completá-lo”, reforça a coordenadora.

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