Secretaria de Saúde de Minas Gerais e Vigilância Sanitária emitem alerta para a população sobre perigos dos produtos de limpeza caseiros. O Governo de Minas aumentou a fiscalização e disponibiliza canais de denuncias.
Detergente, desinfetante, álcool, cloro e cera são alguns dos saneantes aos quais temos acesso para fazer a limpeza e higienização dos ambientes. Eles são utilizados, na maioria das vezes, sem seguir um padrão de quantidades ou misturas e sempre tem alguém com uma receita caseira para acabar com a sujeira de vez. No entanto, a combinação de alguns desses itens pode causar sérias reações alérgicas ou intoxicações.
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“Os produtos de limpeza nunca devem ser misturados de forma aleatória. É necessário verificar as informações do rótulo e seguir as orientações do fabricante, tanto no manuseio, quanto na diluição, para prevenir acidentes que podem ser causados pela reação entre os componentes, como irritação, intoxicação e até queimaduras”, alerta a coordenadora de Cosméticos e Saneantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Renata Stehling Reis.
Todo produto regular tem informações como o nome, empresa responsável, componente ativo, lote e data de validade no rótulo. Se não tiver nenhuma informação, é irregular ou clandestino e não deve ser adquirido.
Riscos à saúde
As crianças merecem atenção especial. Elas são maioria quando o assunto é intoxicação acidental com produtos de uso domiciliar. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram registrados 145 casos em crianças de 1 a 4 anos em 2023 e de janeiro a julho de 2024.
Na faixa etária de 20 a 64 anos foram registrados 173 acidentes no mesmo período, o que também envolve a má utilização dos produtos, misturas de componentes reagentes ou uso de itens irregulares.
Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS) apontam que 36 crianças de 1 a 4 anos precisaram de internação devido às consequências dos acidentes causados por intoxicação acidental. No caso dos adultos, de 20 a 69 anos, foram 40 internações.
Fiscalização
A Vigilância Sanitária (Visa) estadual inspeciona os fabricantes e as Vigilâncias Sanitárias municipais fiscalizam, principalmente, os distribuidores e comércio varejista, para evitar a comercialização de produtos irregulares. A Vigilância também faz um alerta para os saneantes de fabricação caseira, que geralmente são vendidos em garrafas pet, sem identificação, por ambulantes nas ruas, em pequenos comércios ou de porta em porta.
Canais de denúncia
Qualquer pessoa pode usar os canais da Visa para denunciar um produto clandestino ou empresa caso perceba alguma anormalidade na embalagem.
A denúncia pode ser feita na Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais (OGE/MG), pelo número 162 ou pelo endereço ouvidoriageral.mg.gov.br.
A Ouvidoria de Saúde também recebe manifestações nas Unidades de Atendimento Integrado (UAI) de todo o estado, das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 8h às 14h.
O que fazer em caso de reação?
Caso seja percebida irritação, vermelhidão, coceira ou queimaduras após utilizar algum saneante, é preciso lavar a área imediatamente com água corrente e entrar em contato com o fabricante do produto para fazer um relato completo do ocorrido.
Em casos graves, é preciso procurar atendimento em uma unidade de saúde o mais rápido possível.
Fonte Agência Minas