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Confira os protocolos para a retomada das aulas nas escolas em Minas

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Minas Gerais já tem definidas as orientações que deverão ser seguidas para o retorno das aulas presenciais no estado, embora a data ainda não tenha sido estabelecida. Entre outras medidas preventivas, os alunos deverão deixar seu material na escola e evitar contatos físicos entre si como beijos, abraços e apertos de mão.

As escolas deverão ser higienizadas a cada troca de turno. As recomendações foram feitas pelo Conselho Estadual de Educação (CEE-MG), órgão que disciplina o funcionamento dos estabelecimentos de ensino (níveis fundamental, médio e superior) públicos e particulares no estado.
A extensa lista com as medidas sanitárias e de saúde para o retorno das aulas presenciais foi publicada no “MInas Gerais”, órgão oficial do estado, nesta quinta-feira (17).
Também nesta quinta, em visita a Montes Claros, no Norte de Minas, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou que, embora ainda não tenha data prevista, o governo do estado “já começou a analisar uma possível volta” das aulas presenciais.
“A Secretaria de Saúde, junto com a Secretaria de Educação, está criando protocolos. Tão logo (o quadro) seja tido como seguro, de acordo com os índices de contágio, de novos casos e de óbitos, as aulas (presenciais) retornarão. Mas ainda temos que lembrar que em nenhum estado do Brasil essa situação foi normalizada”, afirmou Zema.
Ele  lembrou que Minas Gerais teve um “atraso” em relação a outros estados, como Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro a atingir a fase mais crítica da pandemia do coronavirus. “(Com isso), se outros estados voltarem agora (com as aulas presenciais), Minas, pela lógica, teria que voltar depois. Mas nada nos impede de voltarmos antes”, pontuou o governador.
O Conselho Estadual de Educação recomenda que o retorno presencial do ensino em Minas deverá ser feito em etapas diferentes, de maneira gradual, para os mais de 16 mil estabelecimentos de ensino básico e superior, contemplando os mais de 5,4 milhoes de estudantes dos dois níveis.
O órgão justifica que as recomendações são baseadas em “experiências internacionais, pesquisas e estudos publicados por instituições e organizações das áreas educacionais e de saúde”.
“A volta às atividades escolares presenciais deve ser gradual, por grupos, etapas e níveis. Em geral, as medidas são definidas por meio de protocolos que envolvem questões como distanciamento físico dos estudantes, cuidado com aglomerações,  escalonamento de horários de entrada e saída, reorganização do horário de merenda e sua oferta, com atenção especial para os talheres, pratos e alimentação, protocolos de higiene, uso de máscaras, lavagem das mãos, com frequência,  proteção aos funcionários mais velhos, intervalos e recreios alternados, atenção ao uso dos banheiros, atenção para as janelas e portas, que devem ficar abertas, na sala de aula”, orienta o CEE-MG.
O órgão também sugere que, antes da reabertura das escolas, as autoridades educacionais locais realizem um “levantamento dos efeitos da pandemia, nas comunidades  escolares, para identificar casos de estudantes que sofreram perdas familiares, assim como professores e profissionais da educação afetados pela COVID-19.
Medidas sanitárias e de saúde
Na extensa lista de medidas sanitárias, recomendadas pelo CEE-MG, para prevenção contra a transmissão do coronavírus na volta das aulas presenciais no estado, estão:
  • Readequação da disposição do mobiliário, nas salas de aula, de modo a assegurar a observância do distanciamento mínimo necessário.
  • Adequação do número de estudantes, por sala, considerando a metragem quadrada de espaço individual.
  • Observância do distanciamento mínimo entre funcionários, na secretaria escolar e demais dependências administrativas da escola.
  • Estabelecimento de rotinas de revezamento, nos horários de entrada, saída, intervalos e demais deslocamentos coletivos, se necessário, de estudantes, com o intuito de se evitar aglomerações.
  • As atividades de educação física, quando realizadas, devem observar o distanciamento mínimo de 1,5 metro e ocorrerem, preferencialmente, em locais abertos e arejados, quando não for possível sua realização, em sala de aula.
  • Prioridade para ventilação natural dos ambientes, evitando-se, sempre que possível, a utilização de aparelhos de ar condicionado e ventiladores.
  • Demarcação e sinalização de espaços, dentro das escolas, para que os alunos mantenham distância entre si.
  • Suspensão de festas, comemorações e demais atividades pedagógicas que gerem aglomeração dos membros da comunidade escolar.
  • Contatos físicos, tais como beijos, abraços e apertos de mão deverão ser evitados.
  • Higienização das dependências da escola, a cada troca de turno.
  • Os banheiros e a cozinha deverão ser higienizados, a cada três horas, ou sempre que se verificar sujidades ou umidade.
  • Estudantes e equipe escolar devem ser instruídos a evitarem colocar as mãos em corrimãos, batentes, maçanetas e botões de elevador. Tais locais devem ser, constantemente, higienizados.
  • O uso de materiais descartáveis deve ser priorizado.
  • A comunidade escolar deve ser incentivada a utilizar garrafinhas de água individuais.
  • O acesso à escola, por estudantes, funcionários e comunidade escolar deve ser feito mediante aferição de temperatura.
  • Abastecimento constante, de todos os lavatórios e pias, com sabonete líquido e papel toalha. Suporte com papel toalha, lixeira com tampa e acionamento por pedal e dispensadores com álcool em gel deverão ser disponibilizados, em pontos de maior circulação.
  • Recomendação de colocação de tapetes com solução higienizadora para limpeza dos calçados, antes de adentrar na escola, além de dosadores de álcool gel, na entrada de todas as unidades escolares, para que alunos e profissionais higienizem as mãos, ao entrarem e saírem da escola.
  • As refeições devem ser realizadas, preferencialmente, nas salas de aula, ou deve-se estabelecer um uso escalonado do refeitório, assegurando o distanciamento mínimo entre os usuários.
  • Nas localidades em que seja ofertado transporte escolar, deverão ser observadas as regras de distanciamento social, reduzindo-se o número  de estudantes, por veículo.

Fonte: Estado de Minas