A campanha Agosto Branco, iniciada nesta quinta-feira, dia 1º de agosto, objetiva a conscientização sobre o câncer de pulmão. As estimativas de câncer de traqueia, brônquio e pulmão para o triênio de 2023 a 2025 são de mais de 32 mil novos casos por ano.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), oitenta por cento dos pacientes com câncer de pulmão tiveram alguma exposição ao tabagismo. A maioria dos casos é assintomática, descoberta ao acaso. O sintoma mais frequente é tosse, que pode estar associada a uma bronquite crônica ou ao pigarro. Quando essa tosse está associada a sangue no escarro é preciso consultar um médico imediatamente. Outros sintomas menos frequentes são falta de ar, febre e dor no tórax.
O câncer de pulmão apresenta alta letalidade. No Brasil são registrados mais de 30 mil casos novos por ano e tem em torno de 30 mil óbitos, quase a totalidade de casos identificados.
Outra preocupação mais recente é o cigarro eletrônico ou vape. Apesar do apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibindo a venda, um estudo realizado pela organização global de saúde pública Vital Strategies, um a cada quatro brasileiros entre 18 e 24 anos já utilizou cigarro eletrônico.
A Sociedade Brasileira de Pneumologia diz que sete anos após pararem de fumar, as pessoas têm redução de 20% do risco de câncer de pulmão e, com 15 anos da cessação de fumar, 38% dos pacientes conseguem ser salvos.
Além da campanha Agosto Branco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o aumento da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre cigarros e do preço mínimo de venda do produto no varejo.
O imposto no varejo passará dos atuais R$ 5 para R$ 6,50 a partir de 1º de setembro. Já a cobrança para o maço e o box, permanece em 66,7%, mas terá uma alíquota específica de R$ 2,25 no lugar de R$ 1,50 cobrado atualmente. A mudança entrará em vigor a partir de 1º novembro. O aumento da alíquota foi publicada hoje no Diário Oficial da União.