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Com apenas uma dose, possível vacina contra chikungunya é apontada como segura e eficaz

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A revista The Lancet divulgou nesta segunda-feira,12, os resultados do primeiro ensaio clínico de fase três de uma vacina contra a doença chikungunya. Os resultados apontaram que a vacina é segura e provoca uma resposta imunológica logo após a primeira aplicação.

Segundo a revista, após a aplicação a vacina produziu níveis de anticorpos neutralizantes que protegem contra a doença em 99% dos participantes.

O imunizante é o único contra a chikungunya que está em estágio avançado de desenvolvimento, com a possibilidade ser o primeiro a ser aprovado pelas agências reguladoras internacionais.

A vacina é chamada de VLA1553. Mesmo com os resultados que apontaram que a vacina é segura, os pesquisadores pontuaram que o ensaio clínico não foi realizado em regiões onde a doença é considerada endêmica, como na África, Ásia e Américas. O que não permite afirmar que a vacina seja segura e eficaz na população que mora nestas regiões e que pode ter uma imunidade pré-existente contra a doença. Mas a resposta pode ser dada em breve pelos cientistas, uma vez, que já existem estudos em andamento em regiões onde a doença está mais presente, como no caso do Brasil.

No solo brasileiro, a vacina começou a ser testada em fevereiro do ano passado sob coordenação do Instituto Butantan.

10 cidades recebem os estudos como belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Laranjeiras (SE), Manaus (AM), Recife (PE), Salvador (BA), São José do Rio Preto (SP) e São Paulo (SP). No Brasil, a meta é avaliar a segurança e eficácia da vacina em 750 participantes adolescentes com idades entre 12 e 17 anos.  O Instituto firmou acordo com a Valneva que visa desenvolver, fabricar e comercializar a vacina contra a chikungunya no Brasil, quando todos os ensaios clínicos forem concluídos e o imunizante ser aprovado pelas agências reguladoras.

Sintomas da doença

A doença é caracterizada por sintomas como febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações. Assim como a dengue e a Zika, a chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Apesar das semelhanças nos sintomas, a principal diferença entre a dengue e a chikungunya é a dor nas articulações, muito mais intensa na chikungunya, afetando principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos.

O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para a doença. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação. Os sintomas, em geral, desaparecem após a fase aguda da doença, no entanto, em alguns casos, as dores nas articulações podem persistir por meses e até anos. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica e evitar a automedicação.

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