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CASO CERVEJARIA BACKER | Terceira morte é confirmada e empresa pode ter sido vítima de sabotagem

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Um homem morreu na madrugada desta quinta-feira,16, com suspeita de síndrome nefroneural. A vítima é Milton Pires, de 89 anos, que estava internado no Hospital Mater Dei, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Este é o terceiro óbito associado à condição clínica, que pode estar relacionada à cerveja Belorizontina, da Backer.

Nessa quarta-feira (5), Antônio Marcio Quintão de Freitas, de 68 anos, que também estava internado no Mater Dei, morreu. Em 7 de janeiro, o bancário Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, que é natural de Ubá, morreu na Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora.

A Polícia Civil foi notificada de 18 casos da síndrome nefroneural por contaminação com o dietilenoglicol, sendo que 14 estão em investigação e quatro foram confirmados.

Backer teria sido vítima da empresa que a forneceu a substância química monoetilenoglicol. A informação foi apurada na tarde desta quinta-feira pelo jornalista da Tv Record de BH Eduardo Costa. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão no galpão da fornecedora, no bairro Vila Paris, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde recolheu documentos e produtos químicos, que serão periciados.

Um ex-funcionário da fornecedora detalhou a situação à polícia. Ele trabalhou por dez meses na empresa e teria provas de que o monoetilenoglicol era misturado ao dietilenoglicol, mais barato.

A polícia divulgou uma nota na noite desta quinta-feira em que afirma que um ex-funcionário da fornecedora prestou depoimento após ser apresentado pela defesa da cervejaria. “Eles (os advogados) tiveram amplo acesso à produção desta prova (depoimento), tendo, inclusive a oportunidade de fazer perguntas, levando cópias dos depoimentos”, disse a corporação. Segundo a polícia, um ex-empregado da Backer também foi ouvido.