Este mês, também é chamado de Agosto Dourado em alusão a campanha de incentivo à amamentação. Do dia 1º ao dia 07, está sendo realizada a Semana Mundial de Aleitamento Materno que neste ano tem como tema “Proteger a amamentação: uma responsabilidade de todos”.
Para falar sobre o assunto o jornalismo da Onda Poços conversou com a doula Patrícia Policani. A doula conta que o tema deste ano foi escolhido para que todos possam se envolver nesta causa, pois é uma questão de saúde pública. “Para os cofres públicos é muito bom as crianças terem saúde, para a mãe, para todo mundo, evita um gasto excessivo para a família” explica.
Patrícia tem um filho de seis anos e o amamentou por um ano e nove meses, e como doula estudou muito sobre o aleitamento materno, por esses motivos, cita os benefícios.
“Na verdade, assim que o bebê nasce os benefícios já são imediatos para a mãe, tanto no parto normal quanto na cesárea. O bebê vir para o colo da mãe e já começar a ser amamentado ali na primeira hora de vida, além de ajudar na conexão entre mãe e bebê, quando o recém-nascido suga o peito ele faz o útero contrair e já ajuda nessa primeira hora a evitar hemorragias, além disso a OMS já preconiza para que se amamente o bebê até os seis meses. O leite da mãe tem tudo o que ele precisa, a mãe passa os anticorpos das doenças, e isso fortalece, é uma vacina mesmo para o bebê. É capaz de reduzir até 13% na mortalidade infantil, protege de vários vírus, infecções respiratórias, alergias, reduz o risco de desenvolver colesterol mais para a frente, diabetes, obesidade, porque é o natural, é o leite da mãe”, explica.
Ainda segundo Patrícia, muita gente pensa no leite em pó para dar ao bebê e muitas crianças desenvolvem alergias sérias porque o organismo não está preparado. “Hoje nós sabemos que até para nós adultos, o leite da vaca não é tão bom como a gente pensava”, relata.
Benefícios para a mãe
A doula explica que vários estudos apontam que o leite materno reduz até a chance ter câncer de mama, diminui o risco de hemorragias. “No caso de famílias em situação de vulnerabilidade na parte financeira mesmo, é muito mais viável o leite da materno, o seu corpo o produz, as fórmulas são caríssimas, supondo que alguém esteja pensando na parte financeira”, conta.
Ainda segundo Patrícia o aleitamento materno não é instintivo e sim muito difícil, pois a maioria das mães encontram dificuldades para amamentar e acabam desistindo por diversos fatores como dores e cansaço, por isso é importante ter o apoio da família, companheiro (a), procurar uma consultora aleitamento, doula ou pediatra que entenda do assunto.
Patrícia ainda reforça a importância da cidade, lojas e demais estabelecimentos de estarem preparados para receber a mãe que amamenta em público. “ Ainda existe muito preconceito com essa mãe que amamenta em público, mas é uma luta que vale a pena ser lutada”, relata.
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