A audiência pública sobre o Projeto Caldeira, iniciativa da empresa australiana Meteoric para extração de terras raras em Caldas (MG), reuniu mais de 300 pessoas e foi transmitida ao vivo. O evento, realizado para atender às exigências do processo e a pedidos de cinco entidades e associações locais, incluiu falas dos representantes das organizações, da empresa responsável e dos especialistas em estudos ambientais.
Seguindo o regimento, foi aberto espaço para 36 manifestações do público, com participações de moradores, produtores rurais, representantes do poder público, funcionários da Meteoric, educadores, comerciantes, ambientalistas e outros membros da sociedade. A audiência destacou questões tanto favoráveis quanto contrárias ao projeto, promovendo um espaço de perguntas e respostas.
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O Projeto Caldeira, 100% localizado em Caldas e com impacto indireto nas cidades de Andradas e Poços de Caldas, prevê a extração de minerais usados na produção de ímãs de terras raras, essenciais para dispositivos como motores de veículos elétricos e geradores eólicos. Esses minerais são vistos como estratégicos para a renovação da matriz energética global, além de serem utilizados em produtos de tecnologia, como telas de celulares.
Com previsão de início para 2026, o projeto terá responsabilidade sobre a recomposição das áreas exploradas e contribuirá com melhorias sociais e de infraestrutura para Caldas. A longo prazo, há expectativa de que a mineração em Caldas possa fomentar a indústria nacional de tecnologia, possibilitando que os minerais beneficiem diretamente o setor tecnológico brasileiro.