A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de todas as pomadas para modelar, trançar e fixar cabelos. Segundo a Agência, a medida de segurança também vale para distribuição e exposição para a venda de todos os lotes de qualquer tipo destes cosméticos, no comércio em geral.
Ainda conforme a Anvisa, a interdição é temporária e ficará vigente até que sejam realizados testes, análises e outras providências possíveis para concluir a investigação sobre caso de intoxicações. A Resolução nº 475 da Anvisa foi publicada nesta quinta-feira,09, no Diário Oficial da União.
A Anvisa também informou que as pomadas existentes nas residências ou em salões de beleza, que foram compradas antes da publicação da resolução, ou seja, antes do dia 9 de fevereiro, também não devem ser usadas, enquanto a medida estiver em vigor.
Entenda o caso
A decisão é resultado de uma avaliação de risco feita pela Anvisa e foi adotada tendo em vista o aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto.
Entre os eventos relatados pelos usuários estão cegueira temporária (perda temporária da visão), forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça. Segundo as informações disponíveis, os eventos ocorreram, principalmente, com pessoas que tomaram banhos de mar, piscina ou mesmo de chuva após terem feito uso dos produtos.
A interdição cautelar é uma medida preventiva e temporária para proteger a saúde da população e permanece vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação e a conclusão do caso. A Anvisa já publicou dois alertas e interdições sobre esses produtos.
Investigação
A Anvisa e os órgãos estaduais e municipais de vigilância sanitária seguem investigando os casos, os produtos associados e as empresas fabricantes.
A Agência continuará publicando medidas preventivas específicas para determinadas empresas e produtos, à medida que a investigação fornecer mais evidências.
A avaliação de risco feita pela Anvisa, em conjunto com o Ministério da Saúde e as Vigilâncias Sanitárias locais, indica que, diante do número de ocorrências, da distribuição geográfica e da diversidade de marcas envolvidas, a medida mais segura é interditar esses produtos até que todas as providências possíveis sejam adotadas para evitar novos eventos indesejáveis.
Fonte: Anvisa
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