Quase seis em cada dez brasileiros estavam com sobrepeso em 2021. Os dados estão na pesquisa “Vigitel 2021”, realizada pelo Ministério da Saúde. “Assim como praticamente todos os países em desenvolvimento, o Brasil está passando por um processo de transição nutricional: redução dos índices de desnutrição e aumento do excesso de peso e obesidade. Essa transição acontece em grande medida por conta do aumento do consumo de produtos ultra processados – que em geral têm um alto teor de açúcares, gorduras e sódio – associado à redução no consumo de alimentos in natura e minimamente processados” avalia o endocrinologista cooperado da Unimed Poços, Júlio César Salles Santos.
Os dados podem ser preocupantes, uma vez que diversas doenças crônicas estão ligadas a essa condição, como diabetes e hipertensão.
Alimentação e Diabetes
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros adultos têm diabetes tipo 2, que é a diabetes mellitus (doença que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue).
“A má alimentação, com consumo elevado de açúcares, gorduras e excesso de calorias em geral vão causar obesidade – principal fator de risco para o aparecimento do diabetes Tipo 2. Nenhum alimento é proibido, desde que consumido na medida certa. A dica de ouro é consultar o nutricionista. Varie o cardápio, priorizando alimentos frescos ou minimamente processados. O planejamento alimentar e a prática regular de exercício físico costumam ajudar – tanto na prevenção quanto no controle do quadro” orienta o endocrinologista.
Vida Saudável
A alimentação adequada e a prática de atividades físicas são a base para uma vida saudável. Os resultados podem ser percebidos no aumento da disposição, autoestima, diminuição do estresse e ansiedade, melhora na qualidade do sono e fortalecimento do sistema imunológico. “De forma geral, devemos priorizar o consumo de alimentos in natura, saudáveis e livres de agrotóxicos – tais como frutas e vegetais, cereais integrais, leite desnatado, carnes brancas sem a pele, castanhas e óleos vegetais (como azeite em quantidade moderadas para o preparo dos alimentos). Diminuir o consumo de alimentos processados ou ultra processados, açúcar, farinhas brancas, gorduras saturadas e trans, consumo excessivo de sódio e álcool” explica Júlio César.
O endocrinologista da Unimed Poços alerta que seguir uma vida mais equilibrada e uma alimentação mais saudável é algo que envolve a mudança de hábitos diversos, disciplina e persistência. “Fuja de modismos: carboidratos, glúten e leite não são vilões. Óleo de coco não só não emagrece, como também pode fazer mal se consumido em grandes quantidades. Não existe nada que sugira que água com limão leve a qualquer estímulo ao seu metabolismo, entre tantas outras informações sem qualquer evidência científica de benefícios que encontramos na mídia” conclui.
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