O governo nega risco de racionamento, mas os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste do país chegaram ao final de maio com o armazenamento médio mais baixo para o mês desde 2001, ano em que o Brasil enfrentou um racionamento de energia. A bandeira tarifária, em junho, segue mais cara.
De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o armazenamento médio nas duas regiões ao final de maio de 2021 era de 32,10%. Em 2001, na mesma época, era de 29,87%
Um alerta de risco hídrico já foi emitido pelo governo, que anunciou medidas para evitar escassez de energia, como o uso das usinas termelétricas, que são mais caras. Isso implicará no valor pago pelo consumidor final.
Em Poços de Caldas (MG), a Distribuidora Municipal de Energia Elétrica (DME) já informou que a bandeira tarifária deste mês será vermelha, patamar 2, com custo de R$6,243 para cada 100kWh consumidos, seguindo a determinação nacional.
Chuva abaixo da média
Na organização do sistema elétrico, o Sudeste e o Centro-Oeste formam um único subsistema, que responde por mais da metade da capacidade de geração de energia do país. As duas regiões abrigam as principais hidrelétricas brasileiras, mas sofrem há anos com chuva abaixo da média.
Em maio, a represa do Cipó, principal reservatório de Poços, que contribui com o abastecimento de água do município, estava com 73% de sua capacidade, enquanto o Bortolan tinha com 75%. Nesta mesma época, nos últimos anos, os reservatórios já estavam com volumes superiores a 90%.
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