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“Alegria de um lado, insegurança e incerteza do outro”, diz secretário de Saúde de Poços sobre piso da enfermagem

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O secretário de Saúde de Poços de Caldas, Dr. Carlos Mosconi, publicou nesta terça-feira, 16, uma nota demonstrando preocupação em relação ao piso salarial dos profissionais da enfermagem, sancionado recentemente pelo presidente Jair Bolsonoro.

Segundo o secretário, “as notícias relacionadas com a saúde trouxeram alegria de um lado, insegurança e incerteza do outro: o pagamento do piso salarial para as enfermeiras, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras e o fechamento do atendimento para pacientes do SUS no Hospital AC Camargo em São Paulo”.

Para Mosconi, é uma alegria efêmera. “O pagamento do piso salarial para os citados profissionais é uma medida justa. Reconhece o trabalho de grande relevância desenvolvido em benefício da saúde dos brasileiros. O trabalho da enfermagem é indispensável e insubstituível para a saúde e a sua realização tem fornecido condição muito adequada aos pacientes. O fato preocupante, no entanto, é saber como a lei aprovada será praticada e de onde virão os recursos para o seu pagamento. O SUS e seus prestadores de serviço públicos, filantrópicos e privados não terão meios para o seu cumprimento. Estranha a aprovação de uma lei dessa magnitude, sem definição da origem dos recursos. Ela é constitucional? Ela será viável?”, questiona Mosconi.

O secretário ainda comentou sobre o fechamento do SUS para os pacientes do Hospital AC Camargo em São Paulo. Para Mosconi, significa um duro golpe na saúde brasileira, que tem no hospital maior referência para o atendimento da oncologia pelo SUS no país.

“Os responsáveis pelo hospital alegam total defasagem de recursos do SUS para o atendimento desses pacientes. Como serão atendidos a partir de agora os milhares de pacientes portadores de câncer tratados no AC Camargo? Não haverá como redistribuí-los, pois, nem São Paulo, estado e capital possuem estrutura para fazê-lo, sem contar o número expressivo de pacientes de todo o Brasil. A maioria dos enfermos ficará sem atendimento adequado e os que conseguirem redistribuição, não terão nem de longe a qualidade resolutiva do AC Camargo”, disse.

Para o secretário de Saúde, diante destas questões, o Brasil tem que repensar o financiamento do SUS. “A pandemia mostrou sua vital utilidade, mas a pós pandemia não pode ser o começo do seu fim. Senhor Ministro, o Brasil tem recursos para a melhoria do SUS”, finaliza Mosconi.

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