O Simulado de Emergência na Usina Hidrelétrica Caconde foi promovido pela AES Brasil. A empresa que gera energia de fontes renováveis, planeja realizar um exercício simulado entre os dias 19 e 21 de agosto, voltado para os moradores próximos ao local. Essa ação está integrada ao Plano de Ação Emergencial (PAE), conforme exigido pela legislação vigente sobre a segurança de barragens no Brasil.
O propósito principal desse evento é informar os residentes sobre os procedimentos necessários em caso de emergência na barragem da usina. A AES Brasil implementou um sistema composto por sirenes, placas informativas e rotas de fuga devidamente sinalizadas no município, que visa alertar a população de forma eficaz.
“A proposta é empoderar as pessoas e mostrar o que pode ser feito em uma situação de emergência. É uma cultura muito difundida em outros países, e no Brasil nós estamos acostumados a lidar com isso em ocasiões como simulação de protocolo de incêndio em edifícios. Mesmo que o risco de acontecer algo seja pequeno, esse tipo de preparação é vital para conter os riscos”, diz Wagner Pernias, Gerente de Meio Ambiente e Infraestrutura da AES Brasil.
Como funciona o simulado externo
Como o próprio nome diz, o simulado externo do PAE reproduz o que aconteceria se houvesse um problema na barragem. Com isso, as pessoas que vivem no entorno do ativo podem identificar rotas, tempos e processos para se deslocarem no momento de crise.
O protocolo possui as seguintes etapas:
- Toque das Sirenes;
- Evacuação das casas e edificações;
- Encaminhamento da população para as rotas de fuga com as placas;
- Identificação e chegada no ponto de encontro seguro;
- Assistência da defesa civil e órgãos da região;
- Análise da situação e do território;
- Aval para retorno às residências ou definição de ações de assistência às famílias.
A participação é voluntária, mas é importante que as pessoas passem por todas as etapas para conhecerem o protocolo. O simulado terá apoio das Prefeituras, Defesa Civil e forças de segurança pública – Polícia Civil, Militar e Bombeiros.
Segundo a Aneel, o risco de problema nas barragens é pequeno, mas a aplicação do PAE é uma medida cuidadosa para eventualidades de risco, contudo não implica em qualquer previsão de ruptura das barragens. A AES Brasil emprega um sistema avançado de supervisão e controle de seus recursos, incluindo verificações manuais diárias, com um histórico detalhado de todo o desempenho.
“Temos ativos em que a chance de uma ruptura é 1 para cada 15 milhões de anos, o que dá uma dimensão de como esse é um evento com baixa probabilidade de ocorrer. Nossos ativos são seguros e têm uma série de controles para mitigar os riscos para a população que vive no entorno. O treinamento de segurança é apenas mais um desses mecanismos voltados a proteger as pessoas”, conclui Pernias.