O adolescente de 17 anos que manteve a avó 70 anos e o irmão de 15 anos como reféns na quinta-feira,21, em Poços de Caldas, por mais de 12 horas, deverá passar por exames médicos. A determinação é da Justiça. Com base no resultado dos exames, o Ministério Público decidirá sobre a internação ou não do adolescente em um hospital penal. Decisão que está prevista para ser tomada nesta segunda-feira,23.
O adolescente que estava na Unidade de Pronto Atendimento foi transferido para um hospital da cidade que tem credenciamento para atendimento psiquiátrico. A transferência foi determinada pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Poços de Caldas, José Henrique Mallmann.
Relembre o caso
Segundo a Polícia Militar, a mãe do adolescente contou que ele é dependente químico e que pelo registro do Corpo de Bombeiros, as vítimas relataram que o adolescente estava em abstinência das drogas, discutiu com o irmão, ficou agressivo, passou a gritar, trancou a porta da casa e colocou as chaves no bolso para impedir que a avó e o irmão saíssem.
A Polícia Militar foi acionada e o Corpo de Bombeiros também compareceu para dar apoio à ocorrência com uma equipe de atendimento pré-hospitalar. O caso foi registrado na Rua Salvador Flores, na Chácara São Francisco, região oeste da cidade. Uma equipe do Samu também foi acionada, assim como a Polícia Civil. O serviço de inteligência da Polícia Militar durante toda a ocorrência dialogava com o adolescente para que se entregasse e soltasse os familiares. Segundo os Bombeiros, o adolescente estava em surto psicótico. Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foi acionada e decolou de Belo Horizonte por volta das 18h, para ajudar na negociação. A aeronave teve que pousar em São João da Boa Vista, pois o aeroporto de Poços não tem balizamento noturno.
O adolescente se entregou após 12 horas de negociação com a Polícia Militar, antes da chegada do BOPE a Poços de Caldas.
Os familiares foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento abalados psicologicamente. O Adolescente foi apreendido e ouvido na delegacia e aguarda decisão judicial.
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