Cássio do Sousa Ribeiro acusado de, em novembro de 2016, matar a sua própria noiva, a maquiadora Daniele Aparecida Capelari Plachi, na época com 33 anos, irá a julgamento pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira (2). O julgamento acontecerá a partir das 8h30 no Fórum de Campestre.
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O caso:
Cássio e Daniele, que eram de Poços de Caldas, estavam a passeio na cidade quando ela se afogou. Na época, o noivo chegou a dizer que ele escorregou primeiro e que quando conseguiu sair de dentro da água, a noiva já havia desaparecido na cachoeira. Ele também disse acreditar que ela teria tentado salvá-lo quando foi levada pela correnteza.
O corpo de Daniele só foi encontrado no dia seguinte, após buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros. O irmão da vítima, no entanto, contestou a versão e disse que ela não sabia nadar e que poderia ter escorregado em vez de entrar propositalmente na água.
Na época, o noivo disse também que eles tinham feito duas selfies no celular momentos antes dela cair e ser levada pela água. O aparelho também ficou molhado e foi levado para perícia, para que a polícia pudesse tentar recuperar as imagens para análise.
Segundo o delegado Tales de Souza Moreira, a perícia e a equipe responsável pela investigação, “por meio dos elementos obtidos, incluindo diversos depoimentos, laudos periciais e reconstituição dos fatos”, conseguiu apontar contradições nos relatos e depoimentos do noivo.
Segundo nota divulgada pela polícia, a investigação mostrou que o relacionamento dos dois “era conturbado e que o investigado seria ciumento e possessivo”.
“Além disso, o celular da vítima foi periciado no Instituto de Criminalística da PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) e não foram encontradas ‘selfies’ do casal, como alegado pelo investigado. Diversas outras contradições levaram à conclusão pelo homicídio e não apenas um acidente”, afirmou o delegado.
O réu foi preso em 2020 e indiciado pelo crime de feminicídio com qualificação em afogamento.