Fotografias do acervo do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas digitalizadas há mais de 20 anos estão passando por um processo de redigitalização. Os arquivos anteriores, produzidos em baixa resolução, estão sendo substituídos por novas cópias digitais em 1200 dpi (aproximadamente 7200 pixels), com o objetivo de oferecer arquivos com qualidade mais satisfatória para os pesquisadores.
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O acervo fotográfico do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas conta com mais de 30.000 fotografias. Entre as coleções do arquivo, destacam-se as de José Ranauro e as Categorias Vistas, Grupos e Pessoas, além da Coleção Maria Teixeira Xavier, recentemente adquirida e em processo de catalogação e digitalização.
O trabalho vem sendo realizado pelo estagiário Daniel Fernandes Ferraresi, estudante do 5º período do Curso de Geografia do Instituto Federal do Sul de Minas, campus Poços de Caldas. Ele conta que, desde 2023, acompanha o perfil do Museu Histórico e Geográfico nas redes sociais. “Vi que, além de ter a oportunidade das monitorias voltadas para a área de Geografia, também poderia ampliar a qualidade digital das imagens do acervo”.
Assim, Daniel pôde unir duas áreas de interesse: a Geografia e a Fotografia. “A fotografia analógica não tem uma qualidade delimitada como a fotografia digital. Então, ela pode ser digitalizada de maneiras diferentes. Parte do acervo foi digitalizada no ano de 2005, em baixa qualidade. Nesse intervalo de tempo surgiram novas tecnologias para melhorar a qualidade da digitalização, daí a necessidade do processo de redigitalização”, explica.
O trabalho é realizado com um aparelho de Scanner que já era usado para digitalização de documentos. Aproximadamente 3.000 fotos já foram redigitalizadas, número que representa 10% do acervo de 30.000 imagens já catalogadas.
“As fotografias têm grande importância para a preservação da memória histórica de Poços de Caldas. A digitalização do material representa um avanço significativo no processo de conservação e acesso ao patrimônio da cidade”, destaca a coordenadora do Museu, Lavínia du Valle.
Além de garantir a preservação da história imagética da cidade, o processo de redigitalização oferece ganhos significativos para pesquisadores e estudantes. “Na digitalização antiga, não era possível enxergar detalhes em fotos aéreas da cidade, por exemplo. Já com a digitalização atual é possível visualizar ruas, prédios e até mesmo ler as inscrições em placas e comércios”, informa Daniel Ferraresi.
Acervo
O Museu Histórico e Geográfico conta com um excelente acervo de imagens originais, bem catalogado e disponível para consultas. Uma das principais coleções é a José Ranauro, não só pelas imagens como pelo nível de detalhamento das descrições que acompanham as fotografias.
A Coleção Vistas também é muito relevante por possibilitar o acompanhamento do processo de transformação das paisagens urbanas e também naturais, com a Serra de São Domingos.
Adquirida por meio de doação no segundo semestre de 2024, a Coleção Maria Teixeira Xavier, que está em processo de catalogação e digitalização, é composta por 50 álbuns que guardam cerca de 24 mil fotografias da cidade, a partir dos anos 80.
Para ter acesso ao acervo fotográfico do Museu os pesquisadores podem entrar em contato pelo telefone (35) 3697-2197 ou pelo e-mail: [email protected].